segunda-feira, 23 de abril de 2012

Desafios do Professor no Século XXI


Há quem diga que a profissão de Professor é uma das mais antigas e mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem dela.
Envolvemo-nos frequentemente em debates calorosos, estabelecendo comparações entre o Professor de antigamente e o Professor de hoje. A tendência é para julgarmos que os Professores de outrora eram mais respeitados, tinham e exerciam mais autoridade, “explicavam” mais, ensinavam melhor, conseguiam se impor e mereciam distinção dos alunos, logo, eram tidos como inesquecíveis. Francamente, não creio que a questão fundamental seja essa. O certo é que os tempos mudaram, as sociedades evoluíram e a realidade é bem diferente. Triste seria se continuássemos, utopicamente, a pensar que as coisas deveriam continuar exactamente como foram no passado.
O fundamental é entendermos o Professor da actualidade como um “Homem Novo”, um Homem “formatado” segundo “Novos Paradigmas”. O papel do Professor na Educação Moderna está impregnado de complexidades. Enfrenta outros desafios, a maior parte deles nada fáceis e, por causa disso, deve ter uma representação social especial. Deve ser mais exigente, estar mais capacitado académica e pedagogicamente, permitindo-lhe lidar com alunos com conhecimentos e pensamentos diversos e cujos interesses reflectem particularidades diferentes.
Contudo, da mesma forma que deparamos com alunos, pais e encarregados de educação reclamando maior performance dos Professores, esses também, contrapõem mais valorização tanto por parte dos alunos, dos pais e encarregados como do sistema educativo e, exigem melhores e mais recompensas (prestígio, salário …). A ausência desta retroalimentação pode constituir a falta de discernimento para o desempenho da tão nobre profissão. Evidentemente, todos não nascemos com vocação para a docência, uns exercem-na com muito profissionalismo, educam seus alunos para a vida, outros nem tanto, a despeito de terem habilitação académica para o exercício dessa profissão, segundo Daniel Medina “mesmo assim, não se entregaram. É pena porque é das profissões mais bonitas do mundo.” É necessário enaltecer e dignificar muito mais essa profissão, porém, focados num objectivo comum e contrariando Freud ao afirmar que “Professor é uma profissão impossível”.
O Professor está permanentemente a ser confrontado com a questão dos limites da sua influência sobre os alunos e, por conseguinte, com a questão da sua [dele] projecção. A reacção destes, não sendo de fácil previsibilidade, está longe de ser controlada em todos os seus aspectos, sendo todavia desejável que esta reacção seja positiva, para o êxito da sua profissão. Porém, para o êxito do seu desempenho, o Professor deve desfrutar das ferramentas de que dispõe, de entre elas, as novas tecnologias de informação e comunicação. Aliás, da imaginação do Professor, da sua capacidade de situar-se no ambiente do aluno, na etapa da sua evolução psicológica, depende o êxito das suas turmas e dos seus alunos.
Para terminar, e parafraseando Augusto Cury, sejamos todos “professores fascinantes, capazes de desenvolver nos alunos a habilidade de gerir seus pensamentos, emoções, de serem líderes de si mesmo, lidar não só com os ganhos mas também com as perdas, frustrações e conflitos”.

Sandra Évora
8 Comentários

8 comentários:

  1. Excelente artigo...para continuar Sandra

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    1. Oi Elsa
      Muito obrigada pelo estímulo.
      Sandra Évora

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  2. Respostas
    1. Olá Sr. Pedro Brito
      Muito obrigada
      Com certeza continuarei
      Sandra Évora

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  3. Temos uma educação de qualidade e de sucesso, mas é prciso uma nova lei de avaliação com critérios bem definidos que estimule a competitividade no seio dos professores.
    Parabens a todos os membros do Ministério da Educaçãp pelas conquistas.

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